Como Tokenizar um Ativo Passo a Passo

Introdução

Agora que você já entende os diferentes tipos de tokenização, chegou a hora de colocar a mão na massa. Como transformar um ativo real em um token digital? Seja um imóvel, uma empresa ou qualquer outro ativo, esse processo pode parecer complexo à primeira vista, mas vou te mostrar um passo a passo claro e direto para tornar essa jornada mais simples.

Se você é um investidor, vai entender como funciona o processo para avaliar oportunidades de tokenização. Se é um empresário, descobrirá como estruturar a tokenização de sua empresa ou ativo. E se é um desenvolvedor, verá os caminhos técnicos para atuar nesse mercado.

Passo 1: Escolha do Ativo

O primeiro passo é definir qual ativo será tokenizado. Alguns exemplos comuns:

• Imóveis: Apartamentos, terrenos, galpões, hotéis.

• Empresas: Startup em busca de capital, empresa consolidada que deseja captar investimentos.

• Commodities: Ouro, petróleo, diamantes.

• Propriedade Intelectual: Direitos autorais, patentes, músicas.

Dica: Nem todo ativo pode ser tokenizado. É importante verificar se há restrições legais no país onde você pretende operar.

Passo 2: Definição do Tipo de Token

Agora que você tem um ativo, precisa definir que tipo de token será criado. Alguns exemplos:

• Security Token: Representa participação acionária, dividendos ou direitos sobre lucros.

• Utility Token: Garante acesso a um serviço ou plataforma.

• Asset-backed Token: Lastreado em um ativo real, como imóveis ou ouro.

• NFT (Token Não Fungível): Para ativos únicos, como obras de arte digitais.

Dica: Se a ideia for captar investimentos e oferecer retorno financeiro aos investidores, seu token provavelmente será classificado como um Security Token, e isso exige seguir normas regulatórias.

Passo 3: Estruturação Jurídica e Regulatória

Essa etapa é crucial para evitar problemas legais. A regulamentação de tokens varia de país para país, e Security Tokens geralmente exigem registro em órgãos financeiros.

O que fazer nesta etapa: ✅ Consultar advogados especializados em blockchain e tokenização. ✅ Verificar leis locais sobre criptoativos e valores mobiliários. ✅ Definir se a tokenização será feita dentro de um sandbox regulatório.

Passo 4: Escolha da Blockchain

Agora que tudo está estruturado, é hora de escolher em qual blockchain os tokens serão criados. As opções mais populares são:

• Ethereum (ERC-20, ERC-721 para NFTs): Maior compatibilidade, mas taxas altas.

• Binance Smart Chain (BEP-20, BEP-721): Taxas menores e boa adoção.

• Polygon (Matic): Boa escalabilidade e custo reduzido.

• Stellar e XRP Ledger: Ótimas para ativos financeiros tokenizados.

• Solana: Rápida e eficiente para grandes volumes de transações.

Dica: Para Security Tokens, existem blockchains especializadas, como Tezos, Polymath e Securitize.

Passo 5: Desenvolvimento do Smart Contract

Com a blockchain definida, o próximo passo é programar os contratos inteligentes (smart contracts), que são os códigos responsáveis pela emissão, venda e transferência dos tokens.

Se você não é programador, pode contratar um desenvolvedor blockchain ou usar plataformas que automatizam esse processo, como: ✅ Tokeny (especializado em Security Tokens) ✅ Polymath (plataforma para emissão de tokens regulados) ✅ Securitize (para compliance regulatório de tokens) ✅ OpenZeppelin (templates prontos para smart contracts em Ethereum)

Se você é desenvolvedor, pode codificar os contratos inteligentes usando Solidity (Ethereum), Rust (Solana) ou Clarity (Stacks).

Passo 6: Distribuição e Venda dos Tokens

Depois de desenvolver os tokens, você precisa disponibilizá-los para compra e negociação. Algumas opções:

• ICO (Initial Coin Offering): Venda direta dos tokens ao público.

• STO (Security Token Offering): Para tokens regulamentados.

• DEX (Exchanges Descentralizadas): Como Uniswap, PancakeSwap.

• CEX (Exchanges Centralizadas): Como Binance, Coinbase (caso seja listado).

Dica: Para aumentar a liquidez do token, é interessante listar em uma exchange confiável e criar incentivos para os detentores manterem e utilizarem os tokens.

O que Vem a Seguir?

Agora que você já conhece o processo de tokenização de ativos, no próximo artigo vamos falar sobre as melhores plataformas para tokenizar um ativo. Vamos explorar ferramentas que facilitam esse processo e como escolher a melhor opção para seu projeto.

Se você quer entender quais tecnologias podem ajudar sua empresa ou seus investimentos, não perca!